MÚSICOS E ATORES LAJENSES
CELEBRAM A ABERTURA
DAS ATIVIDADES DO CCMB
EM LAJE DO MURIAÉ (RJ).
No dia 02 de março, em grande estilo ocorreu no
CCMB, a abertura das atividades de 2016. Escolhemos a abertura uma semana
anterior, aos 54 anos do município (07 de março), festa que ocorre em setembro,
quando comemora também o dia da Padroeira.
A abertura das atividades do CCMB se deu com a
inconfundível e brilhante voz de Deise Garcia Pinto Alvim, que nos presenteou
com uma belíssima canção. Magnífica apresentação da peça teatral intitulada “Os
Desbravadores da Laje”, com a participação dos atores lajenses Pedro Lucas,
José Henrique, Adriano Peixoto e Narração com Nícolas Oliveira. A peça foi
elaborada pelo ator Adriano Peixoto, com base no texto que descreve sobre a
história de Laje do Muriaé, extraído do site CEDCA/RJ, consagrou a abertura da
5ª Exposição Raízes de Todos Nós, que consta com acervo histórico fotos
originais de Maria Clara Diniz Ligéro a Dona Clarinha, acervo histórico da
bioquímica Jane Freitas e seu esposo José Clóvis e informações históricas
escritas com fotos do acervo do CCMB, essa exposição tem acontecido desde 2012
com a finalidade de resgatar a nossa história.
Prosseguimos o evento de abertura relembrando a
nossa história com a colaboração dos sambas de antigos e atuais carnavais de
Laje: Esse especial momento, contou
com a brilhante apresentação dos músicos lajenses Pedrinho do Catuta (voz),
José Wilson Bastos (violão) e Antônio José o Mamão (percussão). Uma noite inesquecível
momento histórico, recordações, emoções, homenagens, reencontros e bate papo,
sem palavras para descrever esse momento, que foi precioso para todos nós.
Apreciamos
a história de Laje do Muriaé, recontada na voz de Pedrinho por meio de alguns
dos sambas das mais variadas composições de um dos homenageados da noite, o saudoso lajense,
Romero Garcia (o Romero de Laje). As composições abordam o período de 1955 a
2015 e reúnem numa coletânea de sambas situando historicamente os fatos,
lugares e personagens artísticos e carnavalescos de Laje.
Primeiro Samba de Romero de Laje para a Escola de Samba
Unidos do Rosário
POERIRA
POERIRA
Quem diz que na Laje não
tem samba
Falou demais sem razão
Na Laje tem uma escola
que levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
com a turma no compasso
o tamborim na marcação
Ô levanta a poeira do chão
Falou demais sem razão
Na Laje tem uma escola
que levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
com a turma no compasso
o tamborim na marcação
Ô levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
Compositor: Romero Garcia (o Romero de Laje).
Ano: 1955
Compositor: Romero Garcia (o Romero de Laje).
Ano: 1955
Romero
de Laje, que sempre teve a cidade de Laje do Muriaé impregnada nos versos e na
alma, com o objetivo de prestar mais uma homenagem aos lajenses escreveu o seu
último samba para a Escola de Samba G.R.E.S.U.L:
COLCHA DE RETALHOS
(Gresul 2016)
Ôô... Saudade
faz tanto tempo
que venho mesmo pelo atalho
trazendo a bandeira da GRESUL
no samba uma colcha de retalho
retalhos de histórias tão reais
foi madrinha Rita quem te consagrou
no carnaval dos carnavais
faceira você debutou
foguetes dos Cunhas, alvoradas
na festa da Padroeira
Laje acordava
com bumbo do Zé Pereira....
Lembra... O Zé
do cheiro forte do tempero da mulher
da Eva da costela do Adão
a serpente a maçã, o pecado e o tesão
ô ô... Moleque, Nego Adrianinho
vem... Pro samba sambar
bater seu tamborim
roda ciranda... Roda
faz tanto tempo
que venho mesmo pelo atalho
trazendo a bandeira da GRESUL
no samba uma colcha de retalho
retalhos de histórias tão reais
foi madrinha Rita quem te consagrou
no carnaval dos carnavais
faceira você debutou
foguetes dos Cunhas, alvoradas
na festa da Padroeira
Laje acordava
com bumbo do Zé Pereira....
Lembra... O Zé
do cheiro forte do tempero da mulher
da Eva da costela do Adão
a serpente a maçã, o pecado e o tesão
ô ô... Moleque, Nego Adrianinho
vem... Pro samba sambar
bater seu tamborim
roda ciranda... Roda
cirandinha cirandá
rolou a bola do L.E.C
pra criançada jogar
dança o morro dança a praça
toda Laje quer dançar
dança a noite numa boa
as estrelas ao luar
é de braças com a GRESUL
que a saudade vai passar.
rolou a bola do L.E.C
pra criançada jogar
dança o morro dança a praça
toda Laje quer dançar
dança a noite numa boa
as estrelas ao luar
é de braças com a GRESUL
que a saudade vai passar.
Última obra do cantor e
compositor lajense Romero de Laje
Ano: 2015
Maria Beatriz
CCMB
DADOS
BIOGRÁFICOS DA UNIDOS DO ROSÁRIO E DOS MÚSICOS
Escola de Samba Unidos do Rosário
Fundada em 20/01/50 por Luiz Tâmara, Adjalma
Leite, Senhor Orestes, Joaquim Miranda(Quito). Eles se reuniam na antiga Igreja
do Rosário, onde hoje se encontra o CETEP. Sentados em toras batucavam em
frigideiras, nascia assim a grandiosa Escola de Samba Unidos do Rosário. Em 65
anos de histórias nunca deixou de abrilhantar o carnaval de Laje do Muriaé,
tendo como compositores Romero Garcia, o Romero de Laje que colaborou com diversas
composições. Pedro Nacaratti e Chico Nacaratti são outros músicos e compositores
que sempre prestam suas colaborações a Unidos do Rosário. Antigamente, Laje não
tinha asfalto, era chão de terra batida e vinha a Unidos arrastando multidões e
levantando poeira do chão. Por esse motivo o saudoso Romero de Laje fez o samba
POEIRA, que foi o primeiro samba feito para a Unidos do Rosário desfilar.
Luiz Tâmara
Luiz
Tâmara, Nascido em Laje do Muriaé (RJ), em 18 de março de 1932, filho de
Raphael Tâmara e Maria Alves Tâmara, casou-se com Tereza Tâmara, tiveram 3
filhos. Esposa filhos e hoje netos todos envolvidos na organização e
preservação da Unidos do Rosário.Sua primeira profissão foi
sapateiro, que além dos consertos também fabricava tamancos, sandálias e
chinelos. Trabalhou como trocador de ônibus. Nomeado pela Secretaria Estadual
de Saúde foi funcionário do Posto de Saúde de Laje até se aposentar. Foi Vereador, Vice-Prefeito e no período de
1977 a 1983 foi Prefeito de Laje do Muriaé.
Romero
Garcia (Romero de Laje)
Romero Pereira Garcia (Fazenda
da Ventania Laje do Muriaé, 07 de junho de 1934 – Niterói, 19 de dezembro
2015), filho de Olavo Garcia de Freitas e Marieta Pereira Garcia. Ele
descendentes dos Garcias e ela trineta de José Ferreira César, desbravadores de
Leje do Muriaé, o sétimo filho do Casal.
1942 - Matriculado na segunda
série, tendo como professora Maria Clara D iniz Ligiero (Dona Clarinha), para
completar o que sua tia Anita tinha começado a ensinar lá na fazenda.
1947 - Realizou o exame de admissão no Colégio
Miracemense, sendo aprovado.
1948 - Seguiu para fazer o
exame para a escola Agro Técnica de Barbacena.
1949 - Adoeceu, perdendo o
exame, voltou para Laje, foi trabalhar na fazenda. Ao se ingressar em um time juvenil do LEC em
Itaperuna foi observado pelo Dr. Jair de S. Bitencourt, que foi a Laje
conversar com seu pai e na saída falou “em Agosto você vai para o C.
Bitencourt, não deixe de levar a chuteira.” Nesta época jogou como volante no
time de veterano do Estrela Esporte Cube.
1950 - Foi para Itaperuna
estudava e jogava no juvenil do Porto Alegre.
1951- Campeão pelo Porto Alegre,
no torneio com início em Retiro derrotando o Comércio Indústria (2x0) e o
Retiro na final (1x0) foi maravilhoso ver Dr. Jair sorrindo porque o time teve
a base do juvenil, proporcionando grande alegria a Romero de Laje que com
grande orgulho jogou algumas partidas amistosa pelo LEC.
1953 - Prestou serviço militar
no TG 216, comandado pelo sargento Walfrido, quando jurou a bandeira, recebeu a
estrela de tenente.
1954 - Seu pai vendeu a
propriedade e mudaram para Niterói, depois para o Rio de Janeiro, Seu pai
adquiriu um Posto de Gasolina em Guarus – Campos. Por contato de um amigo de seu
tio, foi treinar no Flamengo, com Don Freitas Sholich, não podendo permanecer
devido a sua idade (20 anos). “Pero que
uste chegou mui tarde,” disse Don Freitas Sholich, oferecendo cartão para o treinador do Olaria A.C. Delio
Neves. Freqüentar o Sampaio e jogou pelo clube no campeonato da F.C.F. no Departamento
Autônomo por 3 anos.
No dia da missa de 7 dia do Presidente Getulio
Vargas, foi seu primeiro dia de trabalho na firma Lungren Irmãos Tecidos(Casas
Pernambucanas), onde trabalhou por 21 anos tendo feito vários cursos
profissionalizante de Processamento de Dados, cargo esse que ocupou por um
longo período. Trabalhou como Assessor
Gerente de Produção-BRAHMA DATA na empresa C.C. Brahma Gelada aposentando
em 1990. Em 1991 a convite de um antigo e amigo Gerente da Brahma volta a
trabalhar nas revendas da Brahma pelo Estado do Rio inclusível em Itaperuna.
1959 - SEU MUNDO NO SAMBA -
escreveu um samba intitulado Poeira para o Luiz Tâmara desfilar com a Escola de
Samba Unidos do Rosário, esse samba foi por 8 anos enredo da Unidos do Rosario.
Depois vieram muitos outros sambas mais ou menos nesta ordem: Brado da
Liberdade, Cidade Menina, Quatro letras de Ouro, A festa da Padroeira, O amor a
Harpa e a Lira, O Reino do Faz de Contas, Carnavais dos Carnavais (para a
Escola de Samba GRESUL), Tacuruã, O Boi e a Folia, Rio Muriaé, Lua, Amigo de Fé,
Domínio da Mulher (para a GRESUL), História do LEC (para a GRESUL), Maria
Carrero, Lambari, e outros. O samba José Arrastado é outra coisa, foi
acontecimento diferente é uma corrente superior em outro plano, disse Romero.
1977 - Recebeu convite de
Marcio e Carlos Wagner Goulart para compor um samba para a Escola de Samba de
Niterói – Unidos da Mem de Sá .
1979 – Em uma disputa de samba
enredo na Mem de Sá, conheceu alguns compositores do Acadêmico do Salgueiro do
Rio que concorriam em Niterói, recebeu um convite para entrar na Ala de
Compositores do Salgueiro onde ingressou em 1979 e cumpriu 3 anos de estágio, concorrendo
pela primeira vez em 1983 no enredo Caricatura. Tendo como autores Carlos
Vanutti e Lan, artista conhecidos da rede Globo. Disputou com seus parceiros
(Paulo Negão e Paulinho Valente), foram até a final, Perderam para o Bala e
Celso Trindade numa disputa emocionante com 10.000 pessoas na quadra.
1984 – Em um enredo do grande
Haroldo Costa (skindô skindô) outra final perdeu para Davi Correia e Jorge
Macedo. Esta derrota me arrasou, meu samba era favorito e querido da maioria
dos salgueirenses, pedi licença por 4 anos, ressaltou, Romero.
1989 - Voltou a concorrer no enredo (Templo
Negro em tempo de Arte Negra), tendo como parceiros Moacyr Cimento e Odeamim
Jose. Ficaram na semifinal.
1992 - No enredo (Café no Morro
do Salgueiro) tendo Demar Chagas e Flavio. Disputaram outra final e perderam
para Tiãozinho e Bala, encerrou sua atuação. Como compositor do Acadêmico do
Salgueiro, continuou frequentando a escola em alguns eventos como salgueirense.
Continuando compor para a Escola de Samba Unidos do Rosário e Gresul de Laje do
Muriaé, sambas de botequim
e marchas para bloco de Laje (Estrela Brilhante). Nesta trajetória de sambas –
conviveu com antigos grandes amigos e fez novos amigos em Laje.
Estamos no ano
de 2014 talvez seja meu último samba para uma Escola de Laje do Muriaé, o Samba
do Feijão da minha querida Unidos do Rosário.
Meu grande sonho é gravar 3 CDs com minhas músicas antes que a
insuficiência respiratória não permita. O samba (SENZALA) é o único samba meu
gravado pela cantora Elaine Machado na SINGER.
Ressaltou Romero.
2015
- Romero de Laje, que sempre teve a cidade de Laje do Muriaé impregnada nos
versos e na alma, com o objetivo de prestar mais uma homenagem aos lajenses compôs
o seu último samba para a Escola de Samba GRESUL, em 2015, quando já estava com
a saúde debilitada e veio a falecer em Niterói no dia 19 dezembro de 2015. Além
dos sambas e Marchas de carnaval Romero de Laje deixou uma crônica escrita
inédita que fará parte futuramente do seu livro.
- O acervo de Romero
de Laje encontra-se no CCMB em Laje do Muriaé, sobre os cuidados de preservação
dessa entidade, para possível publicação sem data prevista.
- Nós lajenses
agradecemos o grande e saudoso compositor por registrar a nossa história em
sambas e poesias.
- Romero tem registro de nº 2298, na
Sociedade de Direitos Autorais (SADEMBRA) no Rio de Janeiro com o nome de
ROMERO DE LAJE que muito se sente orgulhoso.
Pedro
Nacarati Neto
Pedro Nacarati Neto (o Pedrinho
do Catuta), filho de Felipe Nacarati (Catuta) e Osória da Silva Nacarati
(Nega). Nasceu na Maternidade de Laje do Muriaé, no dia 09 de Março de 1947. Só
tem uma irmã, Maria do Socorro Nacarati (Côla), mas tem 10 irmãos de criação.
Estudou
em Laje do Muriaé, no Grupo Escolar Ary Parreiras até a 4ª série, 5ª a 8ª no
Colégio Maestro Mazine, 2º grau em Campos dos Goytacazes no Colégio Agrícola
Antônio Sarlo. Cursou Filosofia na FAFILE (Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Carangola) – Formação e Direção. Pós Graduação e Mestrado na
Faculdade de Filosofia de Campos dos Goytacazes.
Professor
no Colégio Agrícola por 46 anos, Diretor do Colégio Cenecista de Goytacazes,
durante 26 anos. Aposentou no Colégio Agrícola em 2015.
Pedrinho
do Catuta, além de cantar samba também é seresteiro, as serestas eram
realizadas todos os sábados. “Todos os sambas que canto é de autoria do saudoso
Romero de Laje, sempre cantei samba para a Escola de Samba Unidos do Rosário,
cantei no Clube Recreativo Esportivo Lajense (CREL) de Laje do Muriaé por mais
de 10 anos, cantei samba também em Itperuna, Natividade, Porciúncula e
Miracema.” Ressaltou Pedrinho.
Pedrinho
do Catuta deixa um recado para a nova geração: “Que a nova geração não deixe o
samba cair!”
José Wilson Bastos
José
Wilson Bastos, filho de Wilson Bastos Garcia e Juremy Souza Bastos. Nascido em
Laje do Muriaé, em 06 de Julho de 1951. Professor
aposentado.
Cresci vendo minha avó Josina tocando piano.
Então tive grande influência dela. Meu primo José Estevão também era ligado à
música, cantando em conjuntos de baile. Fui crescendo no meio musical. Então,
junto com amigos, começamos a aprender tocar violão. No começo tínhamos muita
dificuldade, pois só havia um violão. O acorde que um de nós aprendia,
procurava passar logo para o outro. E assim foi... Quando apareceu um outro
violão, um solava e o outro fazia o acompanhamento. Como disse, nessa época
havia uma dificuldade enorme pra se aprender alguma coisa. Não havia informação
nenhuma. Não havia cifra, não havia professor de violão, não havia vídeo aula,
nada... Então, com essa dificuldade toda, e com grandes tropeços, fomos
caminhando devagar, até conseguirmos aprender o básico. Daí pra frente fomos
nos aprimorando, aprendendo sempre coisas novas. Tocávamos nas festinhas de
Colégio, programas de calouros, fiz parte de alguns grupos de baile, fazíamos
serenatas, tocava nos bares com Pedrinho, Zé 5, Ricardo e outros amigos. Mais a
frente, o Manoca me deu muitas dicas com relação às acordes novos, bossa nova,
chorinho etc. Agradeço muito aos seus ensinamentos. Atualmente, faço parte da
Segunda Igreja Batista em Itaperuna, e tenho tocado música gospel, em programas
específicos da igreja, jantares, reuniões, terceira idade, curso de noivos etc.
Antônio José da Silva (o Mamão)
Antônio José da Silva (o Mamão), filho de Ademar
Aleixo da Silva e Odete Bernardes da Silva. Nasceu em Laje do Muriaé em 25 de
Setembro de 1948.
Concluiu seus estudos em Laje do Muriáe, no
Colégio Maestro Mazine em 1970, seguindo para o colégio Agrícola de Campos dos
Goytacazes. Participou da Olimpíada do Noroeste Fluminense, vencedor de salto
altura recebendo medalha. Participou de uma peça teatral “Pluft e o Fantasminha”
em Laje em 1970.
Em 1974, depois de formado, percebendo a
dificuldade de seus pais para criar os irmãos, Mamão, como filho mais velho,
saiu em busca de trabalho para colaborar com seu pai. Passou por várias
experiências e muitas dificuldades. Trabalhou em Rio Claro (SP), Mossoró (RN)
como Tipógrafo, Rio de Janeiro na Refinaria de Açúcar União e Servente de
Pedreiro, por volta de 1979, a convite de amigos de Laje que trabalhavam no
Instituto Gay Lussac em Niterói foi trabalhar nesse Instituto como Porteiro. A
lajense Maria Antonieta Cunha a Neta, Diretora de teatro já conhecia o dom de
Mamão e o convidou a participar das peças de teatro do Gay Lussac em uma peça
escrita por ela intitulada “Quem Pagou o Pato?” que foi de grande sucesso.
Continuando a sua trajetória de trabalho em 1982 foi para Goiás onde trabalhou
como Técnico Agrícola, Maranhão na Indústria de Açúcar e Álcool.
Casou-se em 1983, com a maranhense Maria Rosa
Fonseca da Silva, e tiveram 2 filhos. Voltando para Minas, onde permaneceu por 23
anos, trabalhou na Secretaria Municipal de Agricultura na produção de Laranja.
Aposentou e voltou para Laje do Muriaé.
Passou a dedicar ao carnaval incentivado pelo
seu tio Hélio Bernardes, participou da Escola de samba unidos do Rosário, fez
parte da bateria, utilizou vários instrumentos. Participou de rodas de sambas
no CREL, organizada por Chico Nacarati. Hoje toca percussão na Igreja Matriz
Nossa Senhora da Piedade no grupo de José Eduardo (O José Cinco). Mamão tem um
livro inédito com o título “Memória de Um Mamão.”
EXPOSIÇÃO E PALESTRAS, NO
CCMB ABORDAM HISTÓRIA DA CIDADE
5ª EXPOSIÇÃO RAÍZES DE
TODOS NÓS
No intuito de resgatar a história de Laje do
Muriaé, O CCMB vem ao longo dos anos trabalhando com exposições e palestras,
sobre a história do Município, hoje um pouco mais acelerado devido à aprovação
do Projeto de Lei que o Vereador Marcelo Carreiro propôs e o plenário da
câmara lajense aprovou, projeto de lei sobre a inclusão no currículo escolar
das escolas municipais o ensino da história Lajense, essa proposta nos abriu um
campo maior de estudos e pesquisas, porque podemos agora contar com as escolas,
à medida que os alunos participam dos eventos relacionados ao tema, no CCMB eles comentam com seus familiares que sensibilizam a colaborar com acervos e
informações que por vezes estão décadas esquecidos seus guardados.
Nos meses de março e abril abordamos vários
temas históricos relacionados ao nosso município. Tivemos a participação ativa
e comprometida do CEI (Centro Educacional Inovar), da EMAP (Escola Municipal
Ary Parreiras), e do CEL (Centro Educacional Lajense).
Maria Beatriz, diretora do CCMB responsável pelas pesquisas e pela exposição, ministrou as palestras e guiou a Exposição. A abertura do projeto Raízes De Todos Nós ocorreu no dia 02 de março, relembrando a nossa música (o samba), ocorreu também homenagens ao Luiz Tâmara um dos fundadores da primeira Escola de Samba e ao compositor Romero Garcia. A exposição permaneceu aberta para visitação do público em geral até o dia 15 de abril.
CEI (Centro Educacional Inovar)
- No dia
11 de abril recebemos os alunos e professores do CEI (Centro Educacional
Inovar), antes da visitação Maria Beatriz palestrou para os alunos e
professores, sobre a importância de conhecer a história da Cidade leu
textos de sua autoria, sobre o comprometimento com o município e texto de
apresentação do nosso município para as pessoas de outras localidades, falou
sobre a importância de resgatar e cuidar dos nossos documentos, das nossas
músicas, danças, falas, costumes, patrimônios, unindo nossas raízes e celebrando
a nossa existência. Através de vídeos, slides e explicação verbal, apresentou
fotos e documentos inéditos, e um resumo de alguns itens da nossa história. As
crianças mostraram-se curiosas, interessadas e indagaram muito. Após a palestra
os alunos e professores se direcionaram para sala de Exposição para uma
compreensão maior visualizando fotos originais, documentos e textos
explicativos.
EMAP (Escola Municipal
Ary Parreiras)
Nos dias 12 e 13 de abril, recebemos os alunos e
professores da EMAP (Escola Municipal Ary Parreiras), a palestrante Maria Beatriz
continua focando sobre o valor histórico e a riqueza cultural presente no nosso
município, desconhecidos para muitos, abordou a questão do patrimônio cultural,
a partir de sua valorização e preservação e explicou que,
Segundo artigo 216 da Constituição Federal, configura patrimônio “as
formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e
tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e
sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.”
- Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às
habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma
podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano
das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e
lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do
entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras,
santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas
culturais. – O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais
classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico;
histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens
imóveis, núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens
individuais e móveis, coleções arqueológicas, acervos museológicos,
documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e
cinematográficos. “Nem tudo que encontramos na cidade é patrimônio cultural, o
que define o patrimônio é uma seleção, que avalia a importância de cada local,
prédio, escultura entre outros”. Apresentou também textos com o olhar, de
alguns antigos pensadores, sobre as paisagens, e monumentos históricos de Laje.
Falou sobre a construção das pontes desde os antigos pontilhões a ponte moderna
e do significado do Brasão do município. Emocionante e inexplicável a atenção
dos alunos de forma curiosa e participativa para um olhar diferente da
realidade deles, para uma história que eles não vivenciaram, Um aluno de 9 anos
leu trecho da matéria do primeiro jornal do município “ O Lajense” e indagou
sobre o assunto que leu, deixou-me emocionada, sempre digo que falta para
nossas crianças e jovens ofertas de informações com conteúdo, pois quando assim
são colocadas eles desligam dos meios informatizados, superficiais e se
integram, indagam e querem sempre saber mais. Não se aprende gostar, interessar
e cuidar do que não foi apresentado, do que não se conhece. Não podemos
esquecer que a cultura é a base para toda construção, ressaltou Maria Beatriz.
“Uma excelente complementação da aprendizagem!
Aprendizagem significativa acontece assim, unindo conhecimentos prévios com os
novos, um complementando o outro, acrescentando, isto faz parte da construção
do conhecimento. Parabéns a todos! Nosso agradecimento à Maria
Beatriz pela recepção aos nossos alunos, sempre solícita e atenciosa.”
Comentou a professora, Leila Marcílio Andrade.
“Depois de um belíssimo trabalho desenvolvido e
apresentado na escola... Essa visita foi o fechamento perfeito!” Comentou a
professora, Joelma Core
Turma 502



























Turma 501






























CEL (Centro Educacional
Lajense)
No dia 15 de Abril, dia em que encerramos a Exposição
“Raízes de Todos Nós”, recebemos os alunos e professores do CEL (Centro
Educacional Lajense), em dois turnos: - pela manhã recebemos os alunos do 1º
ano, Maria Beatriz falou resumidamente sobre a nossa história, apresentou o
Hino Lajense, apesar de pequeninos os alunos se mostraram curiosos e já
familiarizados com a nossa história, visto que o CEL desde a sua fundação vem
trabalhando com a história do município. Muitas indagações da parte dos alunos
sobre a ponte, os casarões e outros pontos históricos, falamos também sobre a
Casa da Cultura dos antigos proprietários do local e da máquina de arroz que
existia no local. Na visita a Exposição os alunos ficaram deslumbrados com as
fotos. Acharam fantástico saber sobre o nosso artesanato de cerâmica, alguns
dos alunos pediram para aprender fazer as peças. Foi prazeroso os momentos com
os alunos. - à tarde, recebemos os
alunos da Educação Infantil II do CEI, Maria Beatriz iniciou com um bate papo
descontraído com os pequeninos de 5 anos, de seguida contou um pequena história
sobre a nossa cidade, dando continuidade ao nosso encontro com a apresentação da
peça teatral intitulada “Os Desbravadores da Laje”, Com a participação dos
atores lajenses Pedro Lucas, José Henrique, Adriano Peixoto e Narração com
Nícolas Oliveira. A peça foi elaborada pelo ator Adriano Peixoto, com base no
texto que descreve sobre a história de Laje do Muriaé, extraído do site
CEDCA/RJ, os alunos ficaram encantados. Finalizamos com a visita deles na sala
de exposição que foi outro deslumbramento, a descoberta de lugares, comparação
de locais antigos com os atuais, e, cada um tinha uma indagação e uma história
para contar. Sem palavras para expressar o quanto foi maravilhoso falar da
nossa história para os pequeninos de apenas 5 anos. Pura emoção! Encontros como esse são muito importantes,
principalmente para a formação e conscientização do público. "É necessário
que as crianças e jovens conheçam sua história e tenham noção do que é o
patrimônio cultural da sua cidade. Pois se eles desconhecem, como irão poder
preservar essa história?" Finaliza Maria Beatriz.
Agradecemos ao grupo de teatro, ao Centro
Cultural Maria Beatriz, pela belíssima apresentação da história de Laje do
Muriaé! As crianças ficaram encantadas!!! Parabéns! Sucesso! Obrigada pelo
convite poetisa Maria Beatriz! Nossa cidade precisa de pessoas como vocês!
Mensagem do CEL (Centro Educacional Lajense).
Alunos do 1º ano
Alunos da Educação
Infantil II
O CCMB agradece a participação e colaboração de
todos!
Maria Beatriz