domingo, 14 de agosto de 2016

ABERTURA DAS ATIVIDADES DO CCMB - MARÇO DE 2016



MÚSICOS E ATORES LAJENSES CELEBRAM A ABERTURA
DAS ATIVIDADES DO CCMB EM LAJE DO MURIAÉ (RJ).

No dia 02 de março, em grande estilo ocorreu no CCMB, a abertura das atividades de 2016. Escolhemos a abertura uma semana anterior, aos 54 anos do município (07 de março), festa que ocorre em setembro, quando comemora também o dia da Padroeira.



A abertura das atividades do CCMB se deu com a inconfundível e brilhante voz de Deise Garcia Pinto Alvim, que nos presenteou com uma belíssima canção. Magnífica apresentação da peça teatral intitulada “Os Desbravadores da Laje”, com a participação dos atores lajenses Pedro Lucas, José Henrique, Adriano Peixoto e Narração com Nícolas Oliveira. A peça foi elaborada pelo ator Adriano Peixoto, com base no texto que descreve sobre a história de Laje do Muriaé, extraído do site CEDCA/RJ, consagrou a abertura da 5ª Exposição Raízes de Todos Nós, que consta com acervo histórico fotos originais de Maria Clara Diniz Ligéro a Dona Clarinha, acervo histórico da bioquímica Jane Freitas e seu esposo José Clóvis e informações históricas escritas com fotos do acervo do CCMB, essa exposição tem acontecido desde 2012 com a finalidade de resgatar a nossa história. 



Prosseguimos o evento de abertura relembrando a nossa história com a colaboração dos sambas de antigos e atuais carnavais de Laje: Esse especial momento, contou com a brilhante apresentação dos músicos lajenses Pedrinho do Catuta (voz), José Wilson Bastos (violão) e Antônio José o Mamão (percussão). Uma noite inesquecível momento histórico, recordações, emoções, homenagens, reencontros e bate papo, sem palavras para descrever esse momento, que foi precioso para todos nós.


Apreciamos a história de Laje do Muriaé, recontada na voz de Pedrinho por meio de alguns dos sambas das mais variadas composições de um dos homenageados da noite, o saudoso lajense, Romero Garcia (o Romero de Laje). As composições abordam o período de 1955 a 2015 e reúnem numa coletânea de sambas situando historicamente os fatos, lugares e personagens artísticos e carnavalescos de Laje.

Comoveu o público presente o samba POEIRA, que antes de cantar Pedrinho contou que em 1955 os trilhos da Laje (ruas), eram de chão de terra socada e vinha a Escola de Samba Unidos do Rosário, arrastando multidões e levantando poeira do chão, foi a inspiração para  o saudoso Romero de Laje, criar  o samba POEIRA, sendo o primeiro samba  para a Unidos do Rosário desfilar. A primeira escola de samba fundada em 1950, pelo nosso saudoso Luiz Tâmara (a quem prestamos a nossa homenagem hoje) e seus companheiros do samba, a Escola que é ativa até os dias de hoje dirigida por familiares de Luiz tâmara e amigos.







Primeiro Samba de Romero de Laje para a Escola de Samba Unidos do Rosário

POERIRA
Quem diz que na Laje não tem samba
Falou demais sem razão
Na Laje tem uma escola
que levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
com a turma no compasso
o tamborim na marcação
Ô levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão

Compositor: Romero Garcia (o Romero de Laje).
Ano: 1955


Romero de Laje, que sempre teve a cidade de Laje do Muriaé impregnada nos versos e na alma, com o objetivo de prestar mais uma homenagem aos lajenses escreveu o seu último samba para a Escola de Samba G.R.E.S.U.L:

COLCHA DE RETALHOS
(Gresul 2016)

Ôô... Saudade
faz tanto tempo
que venho mesmo pelo atalho
trazendo a bandeira da GRESUL
no samba uma colcha de retalho
retalhos de histórias tão reais
foi madrinha Rita quem te consagrou
no carnaval dos carnavais
faceira você debutou
foguetes dos Cunhas, alvoradas
na festa da Padroeira
Laje acordava
com bumbo do Zé Pereira....
Lembra... O Zé
do cheiro forte do tempero da mulher
da Eva da costela do Adão
a serpente a maçã, o pecado e o tesão
ô ô... Moleque, Nego Adrianinho
vem... Pro samba sambar
bater seu tamborim
roda ciranda... Roda
cirandinha cirandá
rolou a bola do L.E.C
pra criançada jogar
dança o morro dança a praça
toda Laje quer dançar
dança a noite numa boa
as estrelas ao luar
é de braças com a GRESUL
que a saudade vai passar.

Última obra do cantor e compositor lajense Romero de Laje
Ano: 2015

Maria Beatriz
CCMB

DADOS BIOGRÁFICOS DA UNIDOS DO ROSÁRIO E DOS MÚSICOS

Escola de Samba Unidos do Rosário



Fundada em 20/01/50 por Luiz Tâmara, Adjalma Leite, Senhor Orestes, Joaquim Miranda(Quito). Eles se reuniam na antiga Igreja do Rosário, onde hoje se encontra o CETEP. Sentados em toras batucavam em frigideiras, nascia assim a grandiosa Escola de Samba Unidos do Rosário. Em 65 anos de histórias nunca deixou de abrilhantar o carnaval de Laje do Muriaé, tendo como compositores Romero Garcia, o Romero de Laje que colaborou com diversas composições. Pedro Nacaratti e Chico Nacaratti são outros músicos e compositores que sempre prestam suas colaborações a Unidos do Rosário. Antigamente, Laje não tinha asfalto, era chão de terra batida e vinha a Unidos arrastando multidões e levantando poeira do chão. Por esse motivo o saudoso Romero de Laje fez o samba POEIRA, que foi o primeiro samba feito para a Unidos do Rosário desfilar.



Luiz Tâmara

Luiz Tâmara, Nascido em Laje do Muriaé (RJ), em 18 de março de 1932, filho de Raphael Tâmara e Maria Alves Tâmara, casou-se com Tereza Tâmara, tiveram 3 filhos. Esposa filhos e hoje netos todos envolvidos na organização e preservação da Unidos do Rosário.Sua primeira profissão foi sapateiro, que além dos consertos também fabricava tamancos, sandálias e chinelos. Trabalhou como trocador de ônibus. Nomeado pela Secretaria Estadual de Saúde foi funcionário do Posto de Saúde de Laje até se aposentar.  Foi Vereador, Vice-Prefeito e no período de 1977 a 1983 foi Prefeito de Laje do Muriaé.





Romero Garcia (Romero de Laje)

Romero Pereira Garcia (Fazenda da Ventania Laje do Muriaé, 07 de junho de 1934 – Niterói, 19 de dezembro 2015), filho de Olavo Garcia de Freitas e Marieta Pereira Garcia. Ele descendentes dos Garcias e ela trineta de José Ferreira César, desbravadores de Leje do Muriaé, o sétimo filho do Casal.
1942 - Matriculado na segunda série, tendo como professora Maria Clara D iniz Ligiero (Dona Clarinha), para completar o que sua tia Anita tinha começado a ensinar lá na fazenda.
 1947 - Realizou o exame de admissão no Colégio Miracemense, sendo aprovado.
1948 - Seguiu para fazer o exame para a escola Agro Técnica de Barbacena.
1949 - Adoeceu, perdendo o exame, voltou para Laje, foi trabalhar na fazenda.  Ao se ingressar em um time juvenil do LEC em Itaperuna foi observado pelo Dr. Jair de S. Bitencourt, que foi a Laje conversar com seu pai e na saída falou “em Agosto você vai para o C. Bitencourt, não deixe de levar a chuteira.” Nesta época jogou como volante no time de veterano do Estrela Esporte Cube.
1950 - Foi para Itaperuna estudava e jogava no juvenil do Porto Alegre.
1951- Campeão pelo Porto Alegre, no torneio com início em Retiro derrotando o Comércio Indústria (2x0) e o Retiro na final (1x0) foi maravilhoso ver Dr. Jair sorrindo porque o time teve a base do juvenil, proporcionando grande alegria a Romero de Laje que com grande orgulho jogou algumas partidas amistosa pelo LEC.
1953 - Prestou serviço militar no TG 216, comandado pelo sargento Walfrido, quando jurou a bandeira, recebeu a estrela de tenente.
1954 - Seu pai vendeu a propriedade e mudaram para Niterói, depois para o Rio de Janeiro, Seu pai adquiriu um Posto de Gasolina em Guarus – Campos. Por contato de um amigo de seu tio, foi treinar no Flamengo, com Don Freitas Sholich, não podendo permanecer devido a sua idade (20 anos).  “Pero que uste chegou mui tarde,” disse Don Freitas Sholich, oferecendo cartão para o treinador do Olaria A.C. Delio Neves. Freqüentar o Sampaio e jogou pelo clube no campeonato da F.C.F. no Departamento Autônomo por 3 anos.
 No dia da missa de 7 dia do Presidente Getulio Vargas, foi seu primeiro dia de trabalho na firma Lungren Irmãos Tecidos(Casas Pernambucanas), onde trabalhou por 21 anos tendo feito vários cursos profissionalizante de Processamento de Dados, cargo esse que ocupou por um longo período.  Trabalhou como Assessor Gerente de Produção-BRAHMA DATA na empresa C.C. Brahma Gelada aposentando em 1990. Em 1991 a convite de um antigo e amigo Gerente da Brahma volta a trabalhar nas revendas da Brahma pelo Estado do Rio inclusível em Itaperuna.
1959 - SEU MUNDO NO SAMBA - escreveu um samba intitulado Poeira para o Luiz Tâmara desfilar com a Escola de Samba Unidos do Rosário, esse samba foi por 8 anos enredo da Unidos do Rosario. Depois vieram muitos outros sambas mais ou menos nesta ordem: Brado da Liberdade, Cidade Menina, Quatro letras de Ouro, A festa da Padroeira, O amor a Harpa e a Lira, O Reino do Faz de Contas, Carnavais dos Carnavais (para a Escola de Samba GRESUL), Tacuruã, O Boi e a Folia, Rio Muriaé, Lua, Amigo de Fé, Domínio da Mulher (para a GRESUL), História do LEC (para a GRESUL), Maria Carrero, Lambari, e outros. O samba José Arrastado é outra coisa, foi acontecimento diferente é uma corrente superior em outro plano, disse Romero.
1977 - Recebeu convite de Marcio e Carlos Wagner Goulart para compor um samba para a Escola de Samba de Niterói – Unidos da Mem de Sá .
1979 – Em uma disputa de samba enredo na Mem de Sá, conheceu alguns compositores do Acadêmico do Salgueiro do Rio que concorriam em Niterói, recebeu um convite para entrar na Ala de Compositores do Salgueiro onde ingressou em 1979 e cumpriu 3 anos de estágio, concorrendo pela primeira vez em 1983 no enredo Caricatura. Tendo como autores Carlos Vanutti e Lan, artista conhecidos da rede Globo. Disputou com seus parceiros (Paulo Negão e Paulinho Valente), foram até a final, Perderam para o Bala e Celso Trindade numa disputa emocionante com 10.000 pessoas na quadra.
1984 – Em um enredo do grande Haroldo Costa (skindô skindô) outra final perdeu para Davi Correia e Jorge Macedo. Esta derrota me arrasou, meu samba era favorito e querido da maioria dos salgueirenses, pedi licença por 4 anos, ressaltou, Romero.
 1989 - Voltou a concorrer no enredo (Templo Negro em tempo de Arte Negra), tendo como parceiros Moacyr Cimento e Odeamim Jose. Ficaram na semifinal.

1992 - No enredo (Café no Morro do Salgueiro) tendo Demar Chagas e Flavio. Disputaram outra final e perderam para Tiãozinho e Bala, encerrou sua atuação. Como compositor do Acadêmico do Salgueiro, continuou frequentando a escola em alguns eventos como salgueirense. Continuando compor para a Escola de Samba Unidos do Rosário e Gresul de Laje do Muriaé, sambas de botequim e marchas para bloco de Laje (Estrela Brilhante). Nesta trajetória de sambas – conviveu com antigos grandes amigos e fez novos amigos em Laje.  

Estamos no ano de 2014 talvez seja meu último samba para uma Escola de Laje do Muriaé, o Samba do Feijão da minha querida Unidos do Rosário.  Meu grande sonho é gravar 3 CDs com minhas músicas antes que a insuficiência respiratória não permita. O samba (SENZALA) é o único samba meu gravado pela cantora Elaine Machado na SINGER.  Ressaltou Romero.
2015 - Romero de Laje, que sempre teve a cidade de Laje do Muriaé impregnada nos versos e na alma, com o objetivo de prestar mais uma homenagem aos lajenses compôs o seu último samba para a Escola de Samba GRESUL, em 2015, quando já estava com a saúde debilitada e veio a falecer em Niterói no dia 19 dezembro de 2015. Além dos sambas e Marchas de carnaval Romero de Laje deixou uma crônica escrita inédita que fará parte futuramente do seu livro.

 - O acervo de Romero de Laje encontra-se no CCMB em Laje do Muriaé, sobre os cuidados de preservação dessa entidade, para possível publicação sem data prevista.
 - Nós lajenses agradecemos o grande e saudoso compositor por registrar a nossa história em sambas e poesias.
  - Romero tem registro de nº 2298, na Sociedade de Direitos Autorais (SADEMBRA) no Rio de Janeiro com o nome de ROMERO DE LAJE que muito se sente orgulhoso. 



Pedro Nacarati Neto


Pedro Nacarati Neto (o Pedrinho do Catuta), filho de Felipe Nacarati (Catuta) e Osória da Silva Nacarati (Nega). Nasceu na Maternidade de Laje do Muriaé, no dia 09 de Março de 1947. Só tem uma irmã, Maria do Socorro Nacarati (Côla), mas tem 10 irmãos de criação.
Estudou em Laje do Muriaé, no Grupo Escolar Ary Parreiras até a 4ª série, 5ª a 8ª no Colégio Maestro Mazine, 2º grau em Campos dos Goytacazes no Colégio Agrícola Antônio Sarlo. Cursou Filosofia na FAFILE (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola) – Formação e Direção. Pós Graduação e Mestrado na Faculdade de Filosofia de Campos dos Goytacazes.

Professor no Colégio Agrícola por 46 anos, Diretor do Colégio Cenecista de Goytacazes, durante 26 anos. Aposentou no Colégio Agrícola em 2015.

Pedrinho do Catuta, além de cantar samba também é seresteiro, as serestas eram realizadas todos os sábados. “Todos os sambas que canto é de autoria do saudoso Romero de Laje, sempre cantei samba para a Escola de Samba Unidos do Rosário, cantei no Clube Recreativo Esportivo Lajense (CREL) de Laje do Muriaé por mais de 10 anos, cantei samba também em Itperuna, Natividade, Porciúncula e Miracema.” Ressaltou Pedrinho.

Pedrinho do Catuta deixa um recado para a nova geração: “Que a nova geração não deixe o samba cair!”


José Wilson Bastos



José Wilson Bastos, filho de Wilson Bastos Garcia e Juremy Souza Bastos. Nascido em Laje do Muriaé, em  06 de Julho de 1951. Professor aposentado.

Cresci vendo minha avó Josina tocando piano. Então tive grande influência dela. Meu primo José Estevão também era ligado à música, cantando em conjuntos de baile. Fui crescendo no meio musical. Então, junto com amigos, começamos a aprender tocar violão. No começo tínhamos muita dificuldade, pois só havia um violão. O acorde que um de nós aprendia, procurava passar logo para o outro. E assim foi... Quando apareceu um outro violão, um solava e o outro fazia o acompanhamento. Como disse, nessa época havia uma dificuldade enorme pra se aprender alguma coisa. Não havia informação nenhuma. Não havia cifra, não havia professor de violão, não havia vídeo aula, nada... Então, com essa dificuldade toda, e com grandes tropeços, fomos caminhando devagar, até conseguirmos aprender o básico. Daí pra frente fomos nos aprimorando, aprendendo sempre coisas novas. Tocávamos nas festinhas de Colégio, programas de calouros, fiz parte de alguns grupos de baile, fazíamos serenatas, tocava nos bares com Pedrinho, Zé 5, Ricardo e outros amigos. Mais a frente, o Manoca me deu muitas dicas com relação às acordes novos, bossa nova, chorinho etc. Agradeço muito aos seus ensinamentos. Atualmente, faço parte da Segunda Igreja Batista em Itaperuna, e tenho tocado música gospel, em programas específicos da igreja, jantares, reuniões, terceira idade, curso de noivos etc.



Antônio José da Silva (o Mamão)

Antônio José da Silva (o Mamão), filho de Ademar Aleixo da Silva e Odete Bernardes da Silva. Nasceu em Laje do Muriaé em 25 de Setembro de 1948.

Concluiu seus estudos em Laje do Muriáe, no Colégio Maestro Mazine em 1970, seguindo para o colégio Agrícola de Campos dos Goytacazes. Participou da Olimpíada do Noroeste Fluminense, vencedor de salto altura recebendo medalha. Participou de uma peça teatral “Pluft e o Fantasminha” em Laje em 1970.

Em 1974, depois de formado, percebendo a dificuldade de seus pais para criar os irmãos, Mamão, como filho mais velho, saiu em busca de trabalho para colaborar com seu pai. Passou por várias experiências e muitas dificuldades. Trabalhou em Rio Claro (SP), Mossoró (RN) como Tipógrafo, Rio de Janeiro na Refinaria de Açúcar União e Servente de Pedreiro, por volta de 1979, a convite de amigos de Laje que trabalhavam no Instituto Gay Lussac em Niterói foi trabalhar nesse Instituto como Porteiro. A lajense Maria Antonieta Cunha a Neta, Diretora de teatro já conhecia o dom de Mamão e o convidou a participar das peças de teatro do Gay Lussac em uma peça escrita por ela intitulada “Quem Pagou o Pato?” que foi de grande sucesso. Continuando a sua trajetória de trabalho em 1982 foi para Goiás onde trabalhou como Técnico Agrícola, Maranhão na Indústria de Açúcar e Álcool.

Casou-se em 1983, com a maranhense Maria Rosa Fonseca da Silva, e tiveram 2 filhos. Voltando para Minas, onde permaneceu por 23 anos, trabalhou na Secretaria Municipal de Agricultura na produção de Laranja. Aposentou e voltou para Laje do Muriaé.

Passou a dedicar ao carnaval incentivado pelo seu tio Hélio Bernardes, participou da Escola de samba unidos do Rosário, fez parte da bateria, utilizou vários instrumentos. Participou de rodas de sambas no CREL, organizada por Chico Nacarati. Hoje toca percussão na Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade no grupo de José Eduardo (O José Cinco). Mamão tem um livro inédito com o título “Memória de Um Mamão.”


EXPOSIÇÃO E PALESTRAS, NO CCMB ABORDAM HISTÓRIA DA CIDADE


5ª EXPOSIÇÃO RAÍZES DE TODOS NÓS

No intuito de resgatar a história de Laje do Muriaé, O CCMB vem ao longo dos anos trabalhando com exposições e palestras, sobre a história do Município, hoje um pouco mais acelerado devido à aprovação do Projeto de Lei que o Vereador Marcelo Carreiro propôs e o plenário da câmara lajense aprovou, projeto de lei sobre a inclusão no currículo escolar das escolas municipais o ensino da história Lajense, essa proposta nos abriu um campo maior de estudos e pesquisas, porque podemos agora contar com as escolas, à medida que os alunos participam dos eventos relacionados ao tema, no CCMB eles comentam com seus familiares que sensibilizam a colaborar com acervos e informações que por vezes estão décadas esquecidos seus guardados. 

Nos meses de março e abril abordamos vários temas históricos relacionados ao nosso município. Tivemos a participação ativa e comprometida do CEI (Centro Educacional Inovar), da EMAP (Escola Municipal Ary Parreiras), e do CEL (Centro Educacional Lajense).

Maria Beatriz, diretora do CCMB responsável pelas pesquisas e pela exposição, ministrou as palestras e guiou a Exposição. A abertura do projeto Raízes De Todos Nós ocorreu no dia 02 de março, relembrando a nossa música (o samba), ocorreu também homenagens ao Luiz Tâmara um dos fundadores da primeira Escola de Samba e ao compositor Romero Garcia. A exposição permaneceu aberta para visitação do público em geral até o dia 15 de abril. 

CEI (Centro Educacional Inovar)


 - No dia 11 de abril recebemos os alunos e professores do CEI (Centro Educacional Inovar), antes da visitação Maria Beatriz palestrou para os alunos e professores, sobre a importância de conhecer a história da Cidade leu textos de sua autoria, sobre o comprometimento com o município e texto de apresentação do nosso município para as pessoas de outras localidades, falou sobre a importância de resgatar e cuidar dos nossos documentos, das nossas músicas, danças, falas, costumes, patrimônios, unindo nossas raízes e celebrando a nossa existência. Através de vídeos, slides e explicação verbal, apresentou fotos e documentos inéditos, e um resumo de alguns itens da nossa história. As crianças mostraram-se curiosas, interessadas e indagaram muito. Após a palestra os alunos e professores se direcionaram para sala de Exposição para uma compreensão maior visualizando fotos originais, documentos e textos explicativos.

 “A visita ao Centro Cultural Maria Beatriz foi uma das etapas do trabalho de História que estamos desenvolvendo no CEI sobre "tipos de documentos históricos". Na oportunidade, os alunos, além de conhecerem um pouco mais sobre a história do nosso município, puderam ter contato com diversos tipos de documentos que fazem parte da nossa história. A Equipe CEI agradece a Maria Beatriz pela parceria!” Ressaltou a professora, Aurenívia Gama.



EMAP (Escola Municipal Ary Parreiras)


Nos dias 12 e 13 de abril, recebemos os alunos e professores da EMAP (Escola Municipal Ary Parreiras), a palestrante Maria Beatriz continua focando sobre o valor histórico e a riqueza cultural presente no nosso município, desconhecidos para muitos, abordou a questão do patrimônio cultural, a partir de sua valorização e preservação e explicou que, Segundo artigo 216 da Constituição Federal, configura patrimônio “as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”  - Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais. – O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis, núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais e móveis, coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. “Nem tudo que encontramos na cidade é patrimônio cultural, o que define o patrimônio é uma seleção, que avalia a importância de cada local, prédio, escultura entre outros”. Apresentou também textos com o olhar, de alguns antigos pensadores, sobre as paisagens, e monumentos históricos de Laje. Falou sobre a construção das pontes desde os antigos pontilhões a ponte moderna e do significado do Brasão do município. Emocionante e inexplicável a atenção dos alunos de forma curiosa e participativa para um olhar diferente da realidade deles, para uma história que eles não vivenciaram, Um aluno de 9 anos leu trecho da matéria do primeiro jornal do município “ O Lajense” e indagou sobre o assunto que leu, deixou-me emocionada, sempre digo que falta para nossas crianças e jovens ofertas de informações com conteúdo, pois quando assim são colocadas eles desligam dos meios informatizados, superficiais e se integram, indagam e querem sempre saber mais. Não se aprende gostar, interessar e cuidar do que não foi apresentado, do que não se conhece. Não podemos esquecer que a cultura é a base para toda construção, ressaltou Maria Beatriz.


“Uma excelente complementação da aprendizagem! Aprendizagem significativa acontece assim, unindo conhecimentos prévios com os novos, um complementando o outro, acrescentando, isto faz parte da construção do conhecimento. Parabéns a todos! Nosso agradecimento à Maria Beatriz pela recepção aos nossos alunos, sempre solícita e atenciosa.” Comentou a professora, Leila Marcílio Andrade. 


“Depois de um belíssimo trabalho desenvolvido e apresentado na escola... Essa visita foi o fechamento perfeito!” Comentou a professora, Joelma Core 

Turma 502









Turma 501





CEL (Centro Educacional Lajense)

No dia 15 de Abril, dia em que encerramos a Exposição “Raízes de Todos Nós”, recebemos os alunos e professores do CEL (Centro Educacional Lajense), em dois turnos: - pela manhã recebemos os alunos do 1º ano, Maria Beatriz falou resumidamente sobre a nossa história, apresentou o Hino Lajense, apesar de pequeninos os alunos se mostraram curiosos e já familiarizados com a nossa história, visto que o CEL desde a sua fundação vem trabalhando com a história do município. Muitas indagações da parte dos alunos sobre a ponte, os casarões e outros pontos históricos, falamos também sobre a Casa da Cultura dos antigos proprietários do local e da máquina de arroz que existia no local. Na visita a Exposição os alunos ficaram deslumbrados com as fotos. Acharam fantástico saber sobre o nosso artesanato de cerâmica, alguns dos alunos pediram para aprender fazer as peças. Foi prazeroso os momentos com os alunos.  - à tarde, recebemos os alunos da Educação Infantil II do CEI, Maria Beatriz iniciou com um bate papo descontraído com os pequeninos de 5 anos, de seguida contou um pequena história sobre a nossa cidade, dando continuidade ao nosso encontro com a apresentação da peça teatral intitulada “Os Desbravadores da Laje”, Com a participação dos atores lajenses Pedro Lucas, José Henrique, Adriano Peixoto e Narração com Nícolas Oliveira. A peça foi elaborada pelo ator Adriano Peixoto, com base no texto que descreve sobre a história de Laje do Muriaé, extraído do site CEDCA/RJ, os alunos ficaram encantados. Finalizamos com a visita deles na sala de exposição que foi outro deslumbramento, a descoberta de lugares, comparação de locais antigos com os atuais, e, cada um tinha uma indagação e uma história para contar. Sem palavras para expressar o quanto foi maravilhoso falar da nossa história para os pequeninos de apenas 5 anos. Pura emoção!  Encontros como esse são muito importantes, principalmente para a formação e conscientização do público. "É necessário que as crianças e jovens conheçam sua história e tenham noção do que é o patrimônio cultural da sua cidade. Pois se eles desconhecem, como irão poder preservar essa história?" Finaliza Maria Beatriz.

Agradecemos ao grupo de teatro, ao Centro Cultural Maria Beatriz, pela belíssima apresentação da história de Laje do Muriaé! As crianças ficaram encantadas!!! Parabéns! Sucesso! Obrigada pelo convite poetisa Maria Beatriz! Nossa cidade precisa de pessoas como vocês! Mensagem do CEL (Centro Educacional Lajense).

Alunos do 1º ano



Alunos da Educação Infantil II



O CCMB agradece a participação e colaboração de todos!
Maria Beatriz